segunda-feira, 30 de março de 2009

Um metro ao serviço da malta

Depois de uma semana a contar com a ausência dos vários ministros ao plenário das decisões aguardadas para a bonificada saúde orçamental, social e infraestrutural deste país, eu estou de volta. Este vosso ministro que vos guia pelas construções públicas do nosso país atarracado e em lista de espera no psicólogo, vai-vos falar de um situação que não sendo apenas de cariz público, até porque tem a ver com o plano de estruturação dos transportes na Sra. Dona Cidade Capital, diz respeito a uma necessidade pública.

Como devem saber, caros leitores, o metro de Lisboa está neste momento numa fase decisiva no decorrer da sua expansão. Para quem não habita na capital ou nos seus belos subúrbios, este assunto deve correr-lhe direitinho para uma concavidade rectal, sinónimo de caixote do lixo da organicista matéria humana. Contudo, isso não interessa, o que é realmente importante é o relevo bonificado que a construção do prolongamento da linha vermelha, apenas unida à sua símile verde, pode ter no impacto causado quando a obra estiver terminada.

Se eu por exemplo, estiver no Centro Comercial Colombo e por acaso precise de me deslocar até ao Centro Comercial Vasco da Gama, serão necessários pelo menos 15 minutos a ir até à estação da Baixa-Chiado, depois aí mudar para a linha verde até à Alameda e só depois nesta última apanhar a linha vermelha em direcção ao Oriente. Todo o percurso poderá levar mais do que 40 minutos à vontade, percorrendo três linhas de metro, com duas transposições.

Com a nova ligação entre a Alameda, Saldanha e S. Sebastião, a viagem poder-se-á realizar como estimativa, em aproximadamente 20 minutos no máximo. Vejam portanto a necessidade intransigente desta construção numa capital com um metro que carece de um grave problema de abrangência.

Outra situação é o prolongamento da mesma linha, mas para noroeste, ou seja, para o aeroporto da Portela, que é sem dúvida uma falha grande. O curioso é que está planeado o aeroporto muito possivelmente sair dali em 10 anos. Não será tarde demais uma linha para lá? Talvez estejam a pensar no velho ditado “vale mais tarde que nunca”.

De qualquer forma, o metro precisa de crescer, é urgente cobrir a cidade de Lisboa com este transporte que tão amavelmente eu respiro.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A voar se faz política

Cá estou eu de volta caros leitores, para vos deixar com mais um das minhas lamúrias de pseudo governante de uma República confinada à administração saborosa de um leque mágico de companheiros. Portanto, hoje vou falar de uma das maiores polémicas que sussurram nas bocas sábias do povo e deslizam nos dedos de profunda agudeza dos políticos, empresários e administradores. Desde uma pertinente afirmação de que a Margem Sul, de areia extensa que para além do horizonte se perde, poder ser lugar inviável e estéril para a construção de um aeroporto, até à proposta mais incrédula de um planeamento para uma OTA deslocada, fraca e pantanosa, o nosso país geme do prazer do livre arbítrio numa discussão de praça pública.


Com certeza que o ridículo de algumas afirmações se fizeram de magotes históricas da polémica acerca de onde é que a partir dos próximos 10 anos os portugueses da Área Metropolitana de Lisboa e Arredores vão poder sentir os seus pés a descolaram-se do chão e teleportarem-se para qualquer destino rico de sol e de praia e mar azul transparente.


Ganhou Alcochete, mais concretamente, o Campo de Tiro de Alcochete e digo-vos uma coisa caros leitores, eu sou mais um ponto positivo de apoio à construção desse cais aéreo num espaço onde a Força Aérea Portugal anda a brincar aos tiros.


Razões pertinentes não faltam. É necessária uma plataforma aérea que sirva os interesses da capital e da região sul do país e que integre um plano urbanístico que não interfira com as cabeças vigorosas dos ambientalistas. Sem dúvida também que o aeroporto da Portela é um gigante cancro para uma cidade a romper pelas costuras, os aviões rasam os telhados das casas e dos prédios da cidade branca que se deita sob o Tejo, e eu próprio já pude provar das amargas agitações turbulentas de uma aterragem na capital portuguesa. É absolutamente ridículo um aeroporto de uma capital da Europa simplesmente não ter condições suficientes para o nível de tráfego aéreo que todos os anos é registado de e para a capital, isto se formos analisar também a potencialidade da posição geográfica de Lisboa, que poderia servir como plataforma entre vários continentes, funcionando como grande aeroporto de escalas transatlânticas e provenientes do continente africano, isto já para não falar na possível concorrência com o aeroporto de Barajas, actual grande intermédio de ligações entre a Europa e os seus arredores.


Prevê-se que o novo aeroporto irá suportar em média por ano 22 milhões de passageiros.

Caro Mário Lino, já vai ter o seu deserto animado.


domingo, 22 de março de 2009

Trabalhar lá fora I

É com grande satisfação que comunico ao governo e a todos os cidadãos, que para o ano irei trabalhar durante um semestre para a Hungria. As circunstâncias assim o exigiram e agora a ansiedade é mais que muita. Por várias razões.


A primeira porque Hungria fica no estrangeiro! E eu como ministro dos negócios estrangeiros não teria melhor sítio para trabalhar que o próprio estrangeiro. A segunda razão será certamente o ampliar do meu conhecimento sobre este país que não sendo para já uma grande potência europeia, tem evoluido de uma forma muito gradual e interessante de se verificar. Se a Alemanha já não é assim "tão cara para se viver", a Hungria também já não é aquele país em que "se vive barato".


A cidade que mais tenho curiosidade em visitar e visitar e visitar até porque fica perto da cidade para onde vou mesmo trabalhar é Budapeste. É a maior cidade da Hungria e a sexta maior da Europa. Tem 1,7 milhões de habitantes (2,4 milhões na região metropolitana). Uma das fontes de maior rendimento desta cidade é o turismo; as suas nove pontes sobre o rio Danúbio, o seu Castelo, o Parlamento e o Teatro Nacional são os pontos de maior interesse turístico.


Vai ser certamente um experiência a registar e a aproveitar, não é todos os dias que surge uma oportunidade de trabalhar no tão famoso estrangeiro.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Os Portugueses na Europa...

O piloto português Armindo Araújo (Mitsubishi Lancer Evo IX) ficou na segunda posição na categoria de Produção (P WRC) do Rali de Chipre, perdendo a liderança da prova no último dia para o sueco Patrick Sandell (Skoda Fabia Super 2000), devido a problemas de caixa, após ter dominado esta categoria até então. Na classificação geral alcançou um brilhante décimo lugar. Esta terceira prova do WRC foi ganha francês Sébastien Loeb (Citroen C4), dilatando a vantagem no comando absoluto do mundial de pilotos.

Mais uma convocatória do professor Carlos Queirós. O guarda-redes Beto (Leixões) e o lateral direito Nélson (Bétis) são as principais novidades da convocatória para o jogo contra a Suécia, dia 28 Março no Estádio do Dragão, a contar para a fase de grupos de apuramento para o Mundial 2010 na África do Sul. Regressam o defesa central Ricardo Carvalho (Chelsea) após longa ausência devido a lesão e o médio Deco (Chelsea). Este jogo é uma prova de fogo para a selecção, sendo quase obrigatória a vitória neste encontro para manter as possibilidades de apuramento.

Lista de Convocados

Guarda-Redes: Daniel Fernandes (Bochum), Eduardo (Sp. Braga) e Beto (Leixões).

Defesas: Bruno Alves (FC Porto), Gonçalo Brandão (Siena), Pepe (Real Madrid), Ricardo Carvalho (Chelsea), Nélson (Bétis), Bosingwa (Chelsea) e Rolando (FC Porto).

Médios: Deco (Chelsea), João Moutinho (Sporting), Maniche (At.Madrir), Raúl Meireles (FC Porto), Duda (Málaga) e Tiago (Juventos).

Avançados: Dani (Zenit), Simão (At. Madrir), Hugo Almeida (Werder Bremen), Nani (Man United) e Cristiano Ronaldo (Man United).

Depois de um jogo intenso onde o Braga podia ter marcado, um erro do guarda-redes Eduardo custou a possibilidade de conseguir um inédito apuramento para os quartos-de-final da Taça UEFA, pois ditou a derrota 0-1 com o Paris Saint-Germain, no Minho. Eu penso que após a "era" Ricardo (ex Sporting), todos os guarda-redes que são convocados para a selecção desaprendem a defender comentendo ERROS estúpidos. O mesmo aconteceu com o Quim (Benfica). Enfim...

Deixo ainda uma nota sobre a selecção portuguesa de andebol. Portugal fez hoje um "bom jogo" com a França, apesar da derrota por 31-24, em encontro do Grupo 6 de apuramento para o Campeonato da Europa de 2010. Não esquecer que a selecção francesa é actual campeã do mundo da modalidade. Mesmo assim Portugal jogou de igual para igual nos primeiros 20 minutos de jogo, obrigando a França "aplicar-se".


Caros leitores, peço desculpa por publicar o meu post só a esta hora. Vou tentar ser mais pontual nas próximas postagens.


Cumprimentos Parlamentares

João Amaral

quarta-feira, 18 de março de 2009

Rádio nos nossos dias

Antes de tudo, quero pedir imensas desculpas pelo meu atraso na publicação. A minha net é limitada, bem como o meu tempo e demorei um pouco mais a vir aqui.

Tenho-me divertido nos últimos dias a ler "Margrave of The Marshes", a autobiografia do já falecido John Peel. Para quem não sabe, Peel foi um verdadeiro Globetrotter das rádios, participando aqui e ali em vários projectos até se estabelecer na Radio 1 da BBC (foi, de resto, o veteraníssimo funcionário da BBC). Peel é, para o mundo da música, essencial: descobriu e ajudou géneros e bandas, espalhou a palavra, fundou editoras... Essencial. Para mim, para vários radialistas e para o mundo da rádio, Peel é, além de essencial, um ídolo, um exemplo: o seu estilo directo, sincero e honesto é inconfundível (bem como o seu sotaque, que lhe granjeou uma posição de sucesso na América), os seus programas intemporais e únicos, a sua vontade não tinha precedentes, John Ravenscroft não tinha medo, mas muita vontade de arriscar.
Peel não era só mais um. Peel era a pessoa certa. E marcou muitas gerações.

Para mim, há poucos como Peel nos dias que correm. Parece-me a mim, que na rádio dos dias de hoje (mais generalistas, diga-se, não falo de rádios essencialmente informativas) falta um estilo pessoal a muita gente; falta uma vontade de arriscar e de inovar. Pelo menos nas rádios de massas, que chegam a toda a gente. Não raras vezes, as vozes que saem das colunas são aborrecidas e clonadas, o que me leva a mim - e a tantos outros - a desligar o rádio pouco depois de o ligarem. Mesmo a música, em muitos casos, cinge-se ao mesmo, todos os dias. Poucos são os programas inovadores, com coisas novas e frescas. Por isso é que a rádio - meio essencial até aos anos 80 - tem perdido ouvintes e apoiantes. A estagnação e indiferença perante o meio de comunicação mais experimental e com maior margem de manobra, levarão certamente também a que pouco se aposte em coisas novas. Bem como as imposições de um mundo capitalista, cada vez mais movido a dinheiro.

Não defendo que se faça uma revolução, nem espero que a mesma chegue no próximo ano. Mas defendo que se olhe para trás, para cerca de 25 anos atrás - que não é assim tanto - e se veja que há não muito tempo se faziam coisas fantásticas e óptimas que podem ser feitas ainda hoje. E espero que as mentes se (re)abram e que se perca o medo de apostar em coisas boas. E já agora, que cada um encontre o seu próprio John Peel, a sua própria inspiração.

"Swarming Vulgar Mess of Infected Virulency anyone? Come on in. The blood's fine...", John Peel

Ter o direito a, ter o dever de.

A cada dia que passa se ouver falar dos direitos dos portugueses.
Os nossos direitos estão hoje salvaguardados na constituição portuguesa, e a qualquer momento qualquer um de nós pode reclamar esses mesmos direitos. Existe inclusivé uma página que pode ser consultada por todos os cidadãos, Portal do Governo.
Existem num entanto alguns pontos sobre os quais eu gostaria de debater:
Em primeiro lugar, o direito a um sistema nacional de segurança social, cabendo ao estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de segurança social unificado e descentralizado. O nosso sistema nacional de segurança social já passou por melhores dias, a carteira dos portugueses já é muito curta para continuar a esticar, e impostos não faltam. No entanto, e não menos importante, qualquer cidadão tem o dever de declarar todos os seus rendimentos e descontos.
Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado. O que poucos se lembram é do dever que cada um tem de o manter e preservar.
A família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e do estado e à efectivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros. Têm no entanto os homems mais ou menos violentos o dever de manter a integridade e bem estar das suas famílias!
Um último ponto que ponho em foco: Todos têm direito à liberdade e à segurança. A integridade moral e física das pessoas é inviolável. Vivemos como muitos ou poucos, têm essa ideia, num país onde se assiste diariamente a casos de criminalidade violenta. E eu gosto de perguntar se estas pessoas se lembram em algum momento dos seus actos, dos seus deveres perante a sociedade que os enbloba e que até os protege. A hipócrisia desta situação aumenta, quando criminosos às portas do tribunal se lembram constantemente dos seus direitos, pedindo atenção e razão. Tenho pena do mau funcionamento do sistema judicial, e até de segurança pública deste país.
Talvez se todos soubessem os seus direitos e reconhecessem os seus deveres, esta sociedade vivesse melhores dias. Um equilíbrio não é normalmente pedir muito!

Sem mais assunto de momento, subscrevo

terça-feira, 17 de março de 2009

Um tabuleiro no Tejo

Caros leitores,

Mais uma semana e mais uma viagem pelas obras públicas deste pequeno rectângulo de pedra virado para o mar.


Portugal vai mesmo ter uma ponte nova. É sabido e dado adquirido. Vamos então ver uma coisa, meus caros leitores, se a nova ponte chegar mesmo a tirar trânsito daquela vermelha e grande, que mais parece uma tábua de engomar, passada a ferro todos os dias pela borracha queimada do pneu dos automóveis que por lá circulam todo o santo dia, dou os meus parabéns ao LNEC pelo bom relatório que apresentou da viabilidade da travessia que será, alegadamente, Chelas - Barreiro. Esperemos que sim e que tudo se conclua pelo melhor quanto à fluidez do trânsito de e para a capital. Agora a questão é esta: porquê uma ponte? Eu não sou céptico em relação a pontes e egoisticamente não faço planos de me atirar de lá nem vejo isso como um novo alvo dos supostos suicidas, mas uma ponte é carga demasiado pesada para o panorama da vista para a velha cidade. Não me venham justificar que temos que viver na era onde reina o pragmatismo, porque nem por aí vamos lá.


Para além dos efeitos visuais e do impacto paisagístico que potencialmente criaria e da praticabilidade dessa construção, eu seria totalmente a favor de uma passagem subaquática, como um mini túnel do Canal da Mancha. De qualquer forma, nem vale a pena perder-me em lamúrias que depois vão morrer no fundo do Tejo.


Adiante, a ponte veio para ficar e foi já aprovada pelo Ministério do Ambiente, quanto ao impacto ambiental que possa provocar, embora sejam necessárias a criação de nove novas malhas rodoviárias na cidade de Lisboa e umas quantas mais do outro lado do rio. Para além disso, no DIA (Declaração de Impacto Ambiental), o Governo considerou a construção de uma ponte, cujo tabuleiro rase mais o leito do Tejo, do que se eleve ao ponto da sua similar vermelha, isto para e citando, diminua a “intrusão visual”.


Mais 30 mil carros por dia para a capital, passando um tabuleiro igualmente com mais quatro vias ferroviárias para o tão aguardado TGV e para uma nova linha de comboios urbanos que se desenhará nos mapas de Lisboa.


1,7 mil milhões de euros. Cara Ponte, até 2013.


domingo, 15 de março de 2009

Lei das armas

Todos sabemos da tragédia que aconteceu esta semana na Alemanha, em que um jovem de 17 anos entrou na sua escola e com uma das armas (de entre 16) que o pai guardava em casa começou a disparar sem piedade matando 15 pessoas, suicidando-se a seguir. Que o rapaz não era bom a fazer contas de cabeça, lá isso não era. E o pai que guardava dezasseis armas em casa, também tem umas culpas no cartório.

Estes casos cada vez passam a ser mais o "pão nosso de cada dia". Estados Unidos, Finlândia, Alemanha são palcos frequentes destes acontecimentos. Isto porquê? Bem, eu digo primeiro que é pela facilidade com que se arranjam armas nestes países. Leis de caça ou de atiradores desportivos são apenas vendas transparentes para que qualquer pessoa possa obter uma arma. Na Finlândia com 15 anos de idade pode-se obter uma arma legalmente! Mas estamos onde? Na selva? Com 15 anos o miúdo ainda brinca às armas com o amigo, só que agora com verdadeiras. Não se compreende. Eu não compreendo.

Neste caso alemão, o pai guardava então em casa 15 armas e 4600 munições. Dessas quinze armas, catorze estavam guardadas num cofre como manda a lei alemã. A pistola "Beretta" de 9 milímetros utilizada no massacre encontrava-se na mesinha de cabeceira do quarto do pai, ao perfeito alcance do rapaz.

Hoje mesmo a chanceler alemã, Angela Merkerl defendeu a ideia de se fiscalizarem casas sem aviso prévio, para que seja assegurado de que as armas estão devidamente guardadas.

Em entrevista à emissora de rádio Deutschlandfunk, Merkel apelou a uma maior vigilância para evitar tragédias semelhantes, "o que implica guardar em segurança armas e munições, e para garantir isso temos de pensar em acções de fiscalização sem aviso prévio".

"Temos de fazer os possíveis para que as crianças não tenham acesso a armas e que não sejam expostas à violência, e temos de ter mais atenção a todos os jovens", acrescentou a chanceler.


Pois eu acho que em primeiro lugar se tem de mudar a lei que vigora. Tem de haver uma maior restrição das pessoas à posse de armas, fazer com que não seja possível que uma pessoa possa ter em casa 15 armas, e a partir daí dificultar ainda mais a posse de arma com fiscalizações sem aviso prévio e multas pesadíssimas para quem tenha armas sem licença.


Cumprimentos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Nem tudo está perdido...

Antes demais venho por este meio agradecer aos meus caros colegas e deputados pelo convite que me fizeram para chefiar esta pasta... MINISTÉRIO DO DESPORTO! Sei que vim substituir um outro colega que se encontra fora da nossa república em serviços de estado e por isso não terá tanto tempo e disponibilidade para se dedicar a esta pasta, portanto vou estar eu aqui a "substitui-lo". É a minha primeira experiência como blogger e político, por conseguinte tentarei dar o meu melhor neste meu início de "carreira política". Agradeço que façam críticas e me dêem conselhos caso achem pertinente.

Eu bem queria fugir ao tema "futebol", mas esta semana é inevitável!

Foi o nome de Portugal que foi jogado na lama. É inaceitável uma equipa como o Sporting Clube de Portugal ter perdido 12-1 contra o Bayern de Munique. Os jogadores e treinador não tiveram dignidade e respeito nenhum por Portugal, pelos imensos emigrantes portugueses que se revêm e têm oportunidade de estar, de certa maneira, mais perto de Portugal quando uma equipa da sua pátria está de visita. Eu tive vergonha de ser português... Não merecíamos tal humilhação. Acho impossível nos tempos que correm uma equipa, por mais fraca que seja, por pior que jogue, perca por este resultado. Por algum motivo o Sporting passou a fase de grupos.

Disto tudo pode-se tirar uma coisa boa. O Sporting já tem um recorde europeu difícil de igualar... 12-1 na Champions League!! Enfim...

O Futebol Clube do Porto... o nosso Grande Porto, mostrou como se joga! Com um controle de jogo sempre desde o início, desfrutando das melhores oportunidades de golo, mostrou aqui ao lado... aos nossos "amigos" Galegos quem é que manda passando à próxima fase. Parabéns FC Porto!

O nosso Braga! Fabuloso Sp. Braga! Esses sim... foram o orgulho Português! Foram os salvadores da Pátria fora de portas! Tremeram um pouco com o poderoso P.S.G., mas com muita força e astúcia conseguiram safar-se, saindo de Paris com a cabeça erguida levando ao auge a alma portuguesa dos nossos emigrantes! Força Braga... "Cá até os comemos carago!!"


Espero que tenham gostado desta minha primeira abordagem...


Cumprimentos Parlamentares,


João Amaral

quarta-feira, 11 de março de 2009

Droga na Sociedade

Hoje estava a ler as notícias e deparei-me com o seguinte título:
"Português detido em Buenos Aires com 22 mil(!!) pastilhas de ecstasy."
O homem viajava desde Amesterdão num voo da Air France, com escala em Paris. Ao que parece o jovem detido, viajava com uma quantidade elevada e estranha de bagagem, e a polícia dicidiu investigar. Ups... Imaginar que se consegue passar despercebido num aeroporto com 4 caixotes cheios de pastilhas, é um bocado infantil.

Bem, a seguir viro a página electrónica e deparo-me com outro título:
"Cocaína chega por correio postal."
Uma mulher em Loulé foi detida por suspeita de tal crime. Em comunicado de imprensa, a PJ indica que a detenção ocorreu na sequência da apreensão de "1575 doses de cocaína, com origem na América do Sul, em encomenda postal". Será que é um negócio que compense? Quem paga os postais?

Ao acabar de fazer scroll para o fim da página, vejo por fim:
"Rapazes detidos a vender droga junto à escola."
Os indivíduos, um deles menor de 17 anos, foram presos em flagrante delito, possuindo na altura cerca de 70 doses de Haxixe.


Tirando o senhor que ia para a Argentina passar férias, o qual eu não sei qual será o seu destino, a senhora de Loulé e os miúdos, estão condenados a termos de identidade e residência!
Todos nós sabemos os efeitos negativos que as drogas provocam nas pessoas e a degradação absurda que é transmitida para as ruas e para a sociedade. Distribuir as mesmas drogas, parece que não é sequer levado a sério pois pouco tempo depois os "dealers" lá voltam para o bairro! A facilidade com que nos cruzamos com a droga é-nos visível todos os dias.
Informação hoje em dia é algo que não nos falta, portanto, deixo uns links para os mais interessados, aqui e aqui.

Culpa de quem? Do sistema judicial? Da segurança social que não tem subsídios de desemprego e os "dealers" só se safam a passar droga? Da EMEL que enche os cofres ao estado caçando multas por toda a capital?
Enfim, ficaremos a pensar sobre este assunto. Eu gostaria de continuar a debater concisamente este tema, mas estou atrasado para uma reunião.

Sem mais assunto, subscrevo

terça-feira, 10 de março de 2009

Portugal é sempre melhor.

Como será do conhecimento de algum de vocês, nos últimos tempos estive a trabalhar em Espanha. A fazer algum trabalho de campo, a sujar as mãos. A ver as grandes ou pequenas diferenças entre o nosso pequeno grande país e o país de "nuestros hermanos".

Foi uma experiência interessante, tenho visto coisas que julgava completamente impraticáveis, que considerava serem de mentes loucas e insanas. Mas que resultam às mil maravilhas. Um grande ponto a favor deste país (Espanha, que como nós está em larga recessão económica), é a facilidade com que se tem acesso à cultura "museísitica". Digo facilidade porque não se me ocorre palavra mais forte. Toda a gente conhece o Museo del Prado (arte clássica, riquíssimo) e o Reina Sofia (arte contemporânea, riquíssimo). E quantas pessoas sabem que estes museus têm entradas gratuitas ao fim-de-semana e aos feriados? Pois, pouca gente, porque normalmente esta seria uma daquelas medidas boas apenas para criar um buraco financeiro do tamanho do da Câmara de Lisboa. Mas não só isso não acontece, como o museu ainda consegue gerar lucro. Primeiro, devido ao excelente apoio que têm do Ministério da Cultura espanhol, que é inacreditável, a fatia orçamental espanhola dedicada à cultura é enorme! Os museus são alvo de grande divulgação, são bem geridos, oferecem boas "promoções", estão bem recheados... Garantem uma tarde bem passada. Ora, já dirão que em Portugal há uns dois dias por ano em que também se entra de graça em museus, que há museus gratuitos, etc e tal. E sim, é verdade tudo isso. Mas podia ser todos os fins-de-semana e feriados. Sem e

xcepção. Mas a cultura é um departamento de há uns anos para cá deixado um pouco de parte. Também já haverão alguns a dizer que também não somos um país assim tão grande que mereça tal investimento. Pois eu digo que somos. E só não somos mais, porque a cultura é por várias vezes deixada de parte, não é divulgada e as pessoas deixam passar ao lado. Por isso é que somos um país com um nível cultural tão baixo. Isso até pode estar a mudar, eu concordo, mas é por iniciativa e interesse próprio de cada um, não porque há um esforço colectivo para isso mudar. Neste caso, faço uma vénia ao malfadado Joe Berardo, por ter o seu museu aberto gratuitamente.
Bem, o exemplo dos museus é apenas um pequeno exemplo de boa divulgação/marketing cultural. Não é preciso andar com muita atenção para vermos os anúncios sobre Espanha que proliferam em publicações nacionais e nas ruas de várias cidades sobre Espanha e a sua cultura. Lá só vi um, do Algarve.

O facto de a cultura ser deixada de parte talvez se deva a más experiências: CCB (pela polémica), Porto 2001 (pelo fracasso organizacional e pela má gestão), Casa da Música (essencial, mas com um deslize inimaginável), os resultados a médio-prazo da Expo 98... E outros maus momentos. O que é certo é que "ignorar" certos cérebros culturais e a cultura no geral, leva a que pouco interesse haja em apostar em Portugal, e esses cérebros a manterem-se em Portugal. Carlos Bica, Maria João Rodrigues, Paula Rego, José Saramago, são alguns exemplos destes impulsionadores que há muito se sentem renegados. E isto tem de mudar ou qualquer dia seremos mais internacionais que nacionais. Claro que devemos dar de nós ao mundo, mas antes de mais deve-se procurar dar de nós ao nosso país.

segunda-feira, 9 de março de 2009

30 anos de crescimento?

Antes de mais, permitam-me que me apresente. É com orgulho e inigualável prazer que fui convidado pelos ministros deste Governo a assumir o cargo de Ministro das Obras Públicas, que executarei com a total e inabalável perseverança e solidez.


Como tema de abertura, elaborei uma reflexão crítica em torno das obras públicas que se têm feito em Portugal. Alias, nos efeitos e nas consequências dessas obras e da atitude dos portugueses perante a execução desses empreendimentos.


As obras, os empreiteiros, os trolhas e os políticos um dia reúnem-se depois do dia aguardado que nos deu a liberdade no meio de cravos e soldados… e Portugal cresceu. Cresceu, e de que maneira, à boa maneira americana, ou então na tentativa de atingir o pragmatismo como os nossos vizinhos do outro lado do Atlântico, ou então talvez mais próximo daquele estereótipo curioso da preguiça alentejana.


A bem ou a mal, o país ribeirinho e saloio da cauda (ou da cara) da Europa, em trinta anos já não parece o mesmo. O lusitano é que não consegue ver. Os novos crescem no limbo do desenvolvimento, o boom da construção incandesceu os olhares furtivos das crianças dos anos noventa e adultos do novo milénio. Os jovens do 25 de Abril afeiçoaram-se aos seus sofás prostrados de ócio e acomodaram-se à vivenda e renault ou Mercedes (isto para as carteiras mais gordas) e o país passou-lhes à frente, como pardal que parece um melro.


Não é que o pardal seja menos afigurado que o melro, mas talvez façamos deste país pior do que já ele é. Sim, isto não é nada de extraordinário, mas no que toca às obras públicas, não há razão de queixa.


O país até tem crescido, a bom ritmo, apesar de algumas carapaças impostas nos corpos ilusoriamente ágeis, mas que sem elas são meros corpos sem vida. Aliás, tudo cresce e desenvolve e o Ministério das Obras Públicas dá luz verde à sinalização do empreendedorismo. Estradas, essencialmente, fazem as nossas delícias, prédios como paralelepípedos com buracos para o luz e para a brisa, em ruas que por labirintos parecem terem sido confundidas.


Sim, tudo cresce sim. É belo o crescimento. A estatística mostra e fala por si nos prelúdios da imprensa, que até prova que este Portugal cresce. E desenvolvimento e capacidade de organização? Será que o país cresceu com desenvolvimento no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida, tanto do ponto de vista prático, como do ponto de vista estético, para tirar partido desse equilíbrio de forças?


É melhor ir tirar essa pasta da gaveta, ou então vale mais estar quieto.

domingo, 1 de março de 2009

Proposta de Referendo

Caros concidadãos e visitantes deste blog.
Como fruto de uma reunião conjunta, entre os ministros da cultura, sociedade e dos negócios estrangeiros, deliberou-se que de forma a dar o melhor seguimento a este recente e brilhante governo, se deveriam efectuar as seguintes alterações na constituição do mesmo:

alínea a) Suspensão imediata com efeitos temporários dos ministros do desporto e dos assuntos parlamentares.

alínea b) Substituição do ministro do desporto, por um novo ministro responsável pela mesma pasta.

alínea c) Suspensão da pasta referente aos assuntos parlamentares e criação de uma nova pasta no governo, sendo ela a das obras públicas encabeçada por novo ministro.

Sendo um partido democrático, este o da república deste blog, pedimos a todos os concidadãos a sua participação em referendo, para que as alterações sejam aprovadas de forma legítima. Como tal, por favor votem de acordo com os seus interesses em:

Sim - a favor da nova constituição;
Não - contra as alterações propostas.

Apelamos então ao vosso bom senso e participação.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Desemprego dos emigrantes

O desemprego afecta toda a gente, prova disse mesmo é o elevado número de emigrantes que estão a regressar a Portugal. Hoje centro-me particularmente nesses emigrantes portugueses espalhados pelo mundo fora.

Em Espanha, por exemplo o número de emigrantes portugueses inscritos na segurança social vai diminuindo a cada dia, isto acontece, primeiro pelo próprio desemprego que os obriga a regressar a casa; para os que lá ficam a situação é agravada sobretudo pelo governo espanhol que agora dificulta a atribuição de subsídio por considerar que os emigrantes são trabalhadores temporários.
Por isso, são cada vez mais os que regressam a Portugal à procura de uma estabilidade, mas também são muitos os que regressam com o pensamento de partirem para outro país.

Agora Angola parece ser o novo destino de muitos portugueses, o novo el dorado, mesmo assim não parece ser muito fácil começar lá uma nova vida. Ouvia no outro dia na Antena 3 no programa Prova Oral dirigido por Fernando Alvim, um rapaz na casa dos 3o anos, não me recordo ao certo, que trabalhava numa empresa que tinha ligações com Angola e que ele próprio já tinha estado em Angola em trabalho, e que confirmava que realmente Angola está a tornar-se no novo destino para muitos emigrantes mas que ao mesmo tempo avisava-os para que não fossem com muitas expectativas.

Não está nada fácil o regresso a uma normalidade económica e social.
Até os emigrantes sofrem com esta crise que teima em não passar e que não dá muitos sinais de recuperação.
Os emigrantes... aqueles que os reconhecemos pelos seus grandes carros ainda que alguns possam ser alugados, mas a verdade é que têm dinheiro para os alugar, até esses sofrem com a crise mundial!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Disfuncionalidades de uma evolução forçada

Todos nós como seres humanos que somos, sentimo-nos constantemente desejosos de saber, somos insatisfeitos e procuramos cada vez mais o nosso bem, e também daqueles que nos são próximos. Queremos até mais do que isso, ambicionamos deixar a nossa marca, na sociedade em que estamos inseridos. É com pesar, que hoje vos falo num tom mais descentrista no entanto bem realista.

Somos reprimidos, somos prisioneiros, não por um estado novo, não por um comunismo radicalista, não por uma ditadura! Estamos acorrentados, não por nenhum partido político, mas sim por uma cultura e sociedade tão modernamente evolucionada, que simplesmente não nos deixa sermos livres para aquilo que quisermos.
Este meu discurso aplica-se à sociedade não só portuguesa, mas também a toda a cultura ocidental. Esta evoluiu, de tal forma que hoje em dia se pode dizer que o Homem é o único ser vivo, que evolui contra as suas próprias características biológicas.
Senão vejamos,
Ser vivo algum, coloca a sua descendência em segundo plano. Ter um filho passou a ser um investimento a longo prazo, sendo que primeiro é necessário adquirir uma carreira, a fim de que se possa sustentar a descendência. A felicidade é um conjunto de vivências demasiadamente planeadas e estratificadas.
Desde os tempos da antiguidade que "andamos a descarregar uns nos outros". Com a era moderna, surge o fundamentalismo que a paz, passa a ser regra e não a excepção. A falta de violência no homem leva-o a pensar que o sofrimento não existe tornando-se assim imutável a qualquer sentimento pelo próximo levando-o a estupidificar-se e a embrutecer-se sentimentalmente, acumulando assim más energias que o levam a erupções descontroladas.
A ideia de que somos melhores que os outros, está cada vez mais enraizada nas nossas ruas. Sentimentos de desconfiança surgem inerentes a tal facto, e somos cada vez mais movidos, não por ideologias nossas, mas sim por aquelas que nos parecem levar mais longe que o outro.
Surge cada vez mais o sentimento de descrença, nas próprias autoridades que nos sustentam. Deixou de haver segurança, deixou de existir justiça, há cada vez mais desigualdades sociais.

A sociedade caminha para tudo aquilo que designamos por imperfeições. A descrença sobe e a insegurança cresce, são então bons tempos para ideias radicalistas e extremistas. A história moderna já presenciou demasiadas vezes estes acontecimentos, e nada mais há a fazer que os encarar com toda a naturalidade. Revoluções acontecem.
Longe de mim, estar a redigir este texto e querer infiltrar negativismo e até radicalismos nas vossas cabeças. Não sou extermista e muito menos incentivo a revolução. Acho apenas que uma visão em profundidade de tudo aquilo que nos envolve, ajuda-nos a perceber comportamentos sociais não tão aceitáveis que se vão ocorrendo.

E assim se vai vivendo...

Sem mais assunto de momento, subscrevo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Alemanha

Numa perspectiva de melhorar relações culturais e aprender um pouco mais sobre este belo país, desloquei-me até Dortmund. Aqui me vou ficar por uma semana, mas nem por isso deixei o blog de parte. Não tenho um texto tão interessante ou completo como queria, mas deixo aqui uma bela proposta para todos vós que se interessam com a nossa cultura.

Joel Xavier, o guitarrista que aos 16 obteve um contrato para três álbuns com a enorme e importantíssima BMG.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sim nós podemos!

Pois muito bem,

Muito boa noite caros leitores.
Para todos aqueles que leram a primeira legislação, publicada aqui neste blog, é-vos familiar o facto de os cinco ministros desta assembleia se terem comprometido a publicar, cada um, uma nova legislação por semana.
Adiando por um breve parágrafo este raciocínio, queria só desde já agradecer em nome do governo, as constantes visitas prestadas ao nosso blog. Só demonstram o quanto valor dão ao nosso trabalho, o quanto o promolgam e o quanto o vetam.
Parece-nos então que somos um governo de sucesso, e como tal, mal feito fora, se fosse-mos capazes de realizar todas as nossas promessas.
Escrevo portanto este texto ao Domingo, sobre o pretexto de algum modo pedir a vossa compreensão para a falta de assiduidade, não por vontade de legislar, mas sim porque nos tratamos de políticos com uma visibilidade no estrangeiro muito elevada. É sabido que o Ministro do Desporto se encontra na Hungria a assistir ao campeonato mundial de Badminton, onde o líder mundial Lin Dan da China promete mais uma vez vencer, e como tal pouco tempo tem para redigir novas legislações. Já o Ministro dos Assuntos Parlamentares, encontra-se em Cuba, a reavivar as suas ideologias comunistas.
No entanto, legislações semanais não faltarão! E isto é possível!
Sim nós podemos!

Agradeço desde já em nome de todo o executivo, ao eleitorado por todo o apoio demonstrado e peço também, que continuem a prestar as vossas visitas.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Como o petróleo pode voltar aos 100 dólares

Caros ministros, caros deputados, caros cidadãos,

Então não é que eu estive a observar uns dados que me surgiram em cima da mesa, e que por acaso até estavam a atrapalhar, e cheguei à conclusão de que o petróleo pode muito bem chegar novamente a preços com três dígitos à esquerda da vírgula?

A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), disse aqui há uns dias que iria reduzir a produção de petróleo em 4,2 milhões de barris diários no segundo trimestre de 2009. Ora, se isto for cumprido os inventários de petróleo cairão certamente, afectando assim a oferta, aumentando consequentemente os preços.

Pelos vistos, o aumento dos preços do petróleo é mesmo necessário, pois devido à recessão mundial, a procura de combustíveis tem diminuído exponencialmente, atrasando ainda mais uma possível recuperação da economia, mas não será esta redução de produção um pouco precipitada? Não estará a economia mundial não preparada para um novo subir dos preços?
Pois eu penso que sim. O poder de compra está baixo, a economia está realmente numa situação de crise e as palavras que mais ouvimos falar são: défice, crise, ruptura, recessão, etc.

Aceito que tenha de haver uma redução de produção, mas essa medida tem de ser tomada com cabeça, talvez uma redução mais pequena do que 4,2 milhões de barris diários.

Se bem que para nós, portugueses, quando falamos de combustíveis, seja igual. Visto que quando o petróleo está a ser negociado a preços astronómicos nós temos combustível a preço astronómico, e quando o preço do petróleo está baixo, nós continuamos na onda dos preços astronómicos.

Até para a semana e bom fim-de-semana!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Retrato Social

Bons leitores.

Mais uma bela quarta-feira, cheia de paródia e animação por Portugal inteiro, e porquê? Porque é quarta-feira, e não há nada de jeito a dar na televisão, portanto é um bom dia para se fazer negócios, business time para os mais intendidos!
Enquanto no outro dia me encontrava no meu gabinete a revirar uns papéis, encontrei por acaso os "Indicadores Sociais", decorrentes ao final do ano de 2007. Decidi voltar a dar uma vista de olhos ao texto para, de novo, tentar traçar um retrato social da população portuguesa e fazer
uma leitura sobre os desenvolvimentos ocorridos nos últimos anos....
Pfffff. Só espero que os indicadores de 2008 sejam melhores qd sairem. O que mais me assustou foi efectivamente, a taxa de crescimento efectivo (perdoem o pleonasmo), que tem vindo a decair drasticamente nos últimos anos.
O número de casamentos diminuiu, o número de alunos nas escolas aumentou, o número de crimes aumentou, as despesas da casa aumentaram. Enfim, eu poderia fazer uma análise mais pormenorizada sobre este assunto, mas tenho o secretário de estado à minha espera para um almoço no marisqueira do Berardo. Por isso, deixo aqui o link para quem quiser retirar legalmente da interenet o ficheiro documento Adobe Acrobat Reader dos Indicadores Sociais segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística).
E antes de ir, deixo só aqui uma pequena conversa que assisti antes dontem, entre um empresário que por acaso nao conhecia e o ministro do trabalho:

Empresário: Bom dia Sr. Eng., há quanto tempo ??!!!
Ministro: Olha, olha, está tudo bem?!
Empresário: Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado tu é que eras homem para me desenrascar o miúdo.
Ministro: E que habilitações ele tem?!
Empresário: Tem o 12.º completo.
Ministro: O que ele sabe fazer?!
Empresário: Nada, sabe ir para a Discoteca e deitar-se às tantas da manhã!
Ministro: Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor, fica a ganhar cerca de 4000, agrada-te?!
Empresário: Isso é muito dinheiro, com a cabeça que ele tem era uma desgraça não arranjas algo com um ordenado mais baixo?!
Ministro: Sim, um lugar de Secretario já se ganha 3000 !...
Empresário: Ainda é muito dinheiro, não tens nada volta dos 600/700 euros ???
Ministro: Eh pá, isso não, para esse ordenado tem de ser Licenciado, falar Inglês, dominar Informática e ainda por cima tem que ir a Concurso Público.
(Conta-Corrente, Gonçalo Breda Marques)

Sem mais assunto, subscrevo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Mundo português

1 - Escrever textos é extremamente aliciante. E quando se escreve para um projecto completo, com pés e cabeça como é este, dá-me um gostinho especial. Podendo escrever sobre aquilo que gosto e que de certa maneira quero... Tenho o caldinho feito.

2 - Faz hoje precisamente uma semana que Obama prestou juramento e fidelidade perante Deus (e mais uns milhões de pessoas) aos Estados Unidos da América. Como o meu caríssimo colega dos Negócios Estrangeiros já disse e muito bem, chegou o momento de se mudarem umas coisas, de se fazer história. Bem, a história vive-se a cada hora desde o passado 20 de Janeiro e as mudanças também. Para já, Obama assinou um decreto que manda encerrar Guantanamo e outro que congela alguns salários e regalias de altos funcionários.
Sinto-me a viver história, daquela que vai aparecer nos livros. Não é um 25 de Abril, mas muita coisa pode mudar no nosso mundo livre de hoje em dia.

3 - Deixando o apontamento político de parte, foquemo-nos agora na cultura propriamente dita.
Há duas pessoas que marcaram o final de 2008 de uma forma extremamente positiva. E quem diz 2008, diz 2088. Manoel de Oliveira e José Saramago são duas pessoas que já escreveram a sua história e a nossa também, cada um de sua forma.
O decano dos decanos do cinema já vai em 100 anos (70 de actividade), contabiliza a belíssima média de um filme por ano e não dá mostras de vir a abrandar nos próximos tempos. Uma lucidez fantástica, uma forma física que não dá mostra de quebras e uma vontade de trabalhar que deveria servir de exemplo a muita gente com menos de metade da idade de Oliveira. É certo que muita gente suspira de desalento quando se fala do Mestre, é certo que eu sou uma delas. Mas o cinema de Oliveira não é filme para as massas, não é cinema para vender. O cinema de Oliveira é muito mais que isso: um conjunto de simbolismos, intrigas, personagens completas (mesmo que por vezes sejam superficiais) e histórias que fascinam. Mais que merecida a homenagem em Cannes 2008, fica-se à espera de um Óscar honorário (?). Venha "Singularidades de uma Rapariga Loira" e o 101º aniversário.
José Saramago é a outra personagem portuguesa que merece destaque. Ao contrário de Oliveira, Saramago de 86 anos é uma pessoa mais frágil, quando de saúde falamos. Mas nem por isso menos lúcido e genial. Um génio que demora a entrar, a ser percebido. Demorei bastante tempo a perceber o seu nobel - tal como muitas outras pessoas - atribuído ao seu livro mais singelo (Memorial do Convento). Mas leia-se Ensaio Sobre a Cegueira, O Ano da Morte de Ricardo Reis e perceba-se, exija-se até o seu Nobel. E mais outro! Saramago esteve este ano muito débil, culpa de uma maldita pneumonia. Disse mesmo que esteve às portas da morte. Mas num milagre médico (como o próprio diria numa entrevista), olhou a morte de frente, enfrentou-a e venceu-a. Triunfal, a ela lhe arrancou o seu mais recente romance, A Viagem do Elefante. É o livro mais leve, mas é o mais pitoresco e a profundidade que dá às suas personagens em apenas 30 páginas absorve-nos completamente. Fica a faltar uma coisa a Saramago: que regresse a Portugal. Jurou nunca mais voltar, depois de Sousa Lara lhe negar a participação no Prémio Europeu de Literatura. Tudo porque... poderia ofender a comunidade católica. Ainda assim, não lhe perdoo a teimosia de viver na terrível Lanzarote, ilha vulcânica cinzenta e nada criativa. Portugal é um país belo, encantador, com tanto para inspirar Saramago para futuros romances. Talvez não queira descer ao nível de Sousa Lara ou de outros portugueses medianos. Talvez tenha medo de se sentir influenciado por uma sociedade que não o compreende. O certo é que Portugal é pequeno demais para uma mente como a de Saramago. Desde que ele continue a escrever, por mim está tudo bem.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"I have a dream..."

Ainda tenho a barriga cheia do grande almoço da passada terça-feira!
Aquilo sim, foi comer até mais não, o Obama em festas não perdoa! Tive oportunidade de conversar com Obama durante uns minutos e não tenho nada a apontar, uma pessoa completamente simpática e que não me deixou qualquer dúvidas de que o futuro irá mudar.

Agora a falar num tom mais sério, a eleição de um negro à Casa Branca é um acontecimento que por muitos foi sempre uma coisa impossível de acontecer. A esses que não acreditaram, espero que agora ganhem uma nova esperança em tudo o que venha pela frente.
Em cada discurso Obama foi ganhando votos, foi ganhando apoiantes, mas principalmente foi ganhando o espírito de um povo, um povo que andava e anda perdido, mas que agora parece ter encontrado um mapa com um caminho bem definido. A começar já pelo anúncio do encerramento da prisão de Guantánamo.

Martin Luther King disse uma vez ter um sonho. Parece-me que esse sonho está realizado.
Barack Obama parece-me muito mais do que mais um presidente na história dos Estados Unidos da América. Nele vemos o sentido de união, não só do povo enquanto povo, mas também enquanto família. Os discursos dele apontam nesse mesmo sentido, utilizando centenas de vezes a palavra "we" (nós).

A mudança acontecerá com um novo presidente no país que mais influência tem no mundo?
Estaremos perante uma nova era? Uma era de mais paz e menos guerra?

Parece-me claramente que sim. Poderá Portugal tirar benefícios disso? Também me parece claramente que sim, Sócrates poderá tirar dali algum partido.

Eu vejo agora no rosto da América um novo rumo! Vejo o mesmo rumo no rosto de Obama!
Vejo-o no rosto do mundo!
O mundo vai mudar, tenho a certeza disso. Já mudou.

Um bom fim de semana para todos os deputados e ministros. Sim, porque eu sou o único que pode desejar um bom fim de semana, nenhum dos outros ministros se atreverá a desejar um bom fim de semana visto que não será correcto desejar um bom fim de semana a uma segunda, ou terça , ou quarta ou mesmo a uma quinta feira.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O berço da Nação e os seus louvores.

Senhores Leitores
Senhores Ministros,
Muito bom dia.

Como Ministro da Sociedade que sou, tenho não só por hábito, mas também por obrigação, manter-me informado sobre as notícias da actualidade que ocorrem no nosso território.
Como tal, informo para os mais distraídos e para todos aqueles que nunca tiveram mais de 3 a história de Portugal no 5ºAno, que faz este ano 900 anos do nascimento do nosso primeiro Rei de Portugal D. Afonso Henriques. Espera-se portanto, uma grande festa em Guimarães, para relembrar tal marco da nossa história.
Em Guimarães?
Porque não Coimbra?
Não, não! Viseu este ano é que é!
Pois bem, "Viseu assume-se berço de D. Afonso Henriques", é a notícia que saiu aqui há uns dias no JN. Ao que parece, alguns historiadores chegaram à conclusão de que o nosso Rei fundador, terá nascido na cidade das rotundas. Picardias aparte, entre os dois autarcas das duas cidades, vão haver comemorações nas duas cidades.
O autarca de Viseu tem como trunfos, os historiadores que estão do seu lado, já o de Guimarães... perde credibilidade, a partir do momento em que tudo o que possui a seu favor é uma inscrição na Câmara Municipal que diz: "Nasceu em Guimarães e morreu em Coimbra, onde está sepultado".
Falamos de uma grande personagem histórica sem dúvida, mas para evitar confusões em torno de um local de nascimento, quando nem ao certo se sabe a Data de nascimento, porque não fazermos as comemorações em todas as cidades de Portugal? O que desejaria o nosso Afonso? Como socialistas que somos, porque não nos lembrarmos da nossa história como sociedade única, em vez de andarmos sempre à porrada?

Correcto, este assunto está arrumado. Em seguida e como não desejo ficar só por aqui, trago um tema que surgiu na altura, ainda e só rúbrica "Nós Por Cá" da SIC;
Um militar da GNR, tem ao longo da sua carreira, a possibilidade de ser louvado... Entende-se por isto, receber menções de louvor, em que a companhia por palavra do comandante escreve num papelito, tudo aquilo que valoriza no militar galardoado. Imagino eu que seja a camaradagem, a sua preparação física, as suas atitudes no terreno, o seu comportamento moral e cívico, a pontaria, a facilidade com que diz "carta de conduçom e documentex da biatura", enfim...algo que caracterize a nossa GNR. Achei portanto piada quando encontrei o seguinte louvor feito ao soldado X da companhia da Estrela:



Esta semana em discussão com o Ministro da Defesa, soube ainda que no mês passado um cabo da PSP foi louvado devido ao seu gosto especial para a decoração da sala de convívio do pessoal, do posto avançado de Avintes.
Vamos tentar abrir os olhos para aquilo que interessa!

Sem mais assunto, subscrevo.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Igreja e tecnologia

Antes de passar ao assunto desta semana, quero agradecer todas as reacções que obtive com o primeiro texto, bem mais do que as que esperava. Estive longe de pensar que iriam ser tantas assim e estive também longe de querer ofender alguém. Criticar sim, ofender não. Parti de uma premissa para uma generalização, penso que era inteligível e espero que tenham percebido isso. Percebam também que só pretendo - bem como muitos outros - que as coisas mudem, que sejamos mais culturais (dentro dos possíveis, é claro).

Esta semana a religião católica em Portugal voltou a marcar pontos. Na sua própria baliza. E a perder certamente mais alguns crentes. O cardeal D. José Policarpo juntou-se à ala ultraconservadora que reina na religião (Bento XVI, o sumo pontífice, anda por aí dizer - em tempos de guerra e crise - que o importante é não ter relações por prazer e que os homossexuais são uma devassa da Natureza): ora o nosso Policarpo veio dizer, e passo a citar, que "as mulheres portuguesas que se casarem com muçulmanos vão-se meter em sarilhos que nem Alá sabe onde acabam". Assim, sem ai nem ui. O "misticismo" que rodeava a igreja esfuma-se com este tipo de declarações. Já muita gente veio defender o cardeal, dizendo que é do conhecimento comum a forma como as mulheres muçulmanas são tratadas (ou maltratadas), mas o que é certo é que muitas vezes as mulheres cristãs e católicas não ficam muito melhor servidas. E palavras assim, deitadas ao vento, dão azo a interpretações várias. A religião já foi um negócio mais bem montado. E também mais poderoso. Agora, que nem partido político da oposição, parecem mais interessados em deitar achas para fogueiras que só a eles lhes interessa reavivar. Uma espécie de "olhem para mim que eu preciso de atenção". Num país em que a violência doméstica e a opressão feminina crescem de ano para ano, penso que a igreja devia olhar para sim mesma, para além do seu umbigo e pensar que "se se casarem com um cristão, vão-se meter em sarilhos que nem Jesus Cristo sabe onde acabam". Não é bonito atirar pedras para telhados de vidro, quando também os tem bem frágeis.
A instituição e negócio que é a igreja começa cada vez mais a deixar vir ao de cima os seus podres e os seus problemas. Este foi só mais um, e o progresso para "Ontem, Hoje e Amanhã" exige-se rápido se não querem perder os cada vez menos crentes existentes por este mundo fora. O fervor religioso católico por vezes parece-me tão fanático como o muçulmano. Não o de todos, mas de uma parte. Vejam o documentário Jesus Camp e vejam lá se até não tenho razão.

Se por um lado a religião parece parada no tempo e na mentalidade, o que não pára mais é o progresso humano e a tecnologia. Esta semana pus as mãos num belíssimo iPod classic, de 120GB (mais que o meu computador), preto, ecrã a cores e leitor de vídeo. Um autêntico mimo para melómanos a sério, que têm gosto à música - e à surdez - e não conseguem deixar de ouvir o que quer que seja durante o dia (também pudera, com 120GB o que não falta é música) e que são vaidosos. O precioso gadget é bem bonito, polidinho e com linhas bem atraentes (até reluz!). É um autêntico fenómeno de vendas, marketing, design... Nada parece falhar!
É incrível como Steve Jobs criou uma marca que é cada vez mais objecto de adoração e idolatração - bem, podemos ver a Apple como uma religião, sim. Eu sou só mais um fã rendido à excelente tecnologia desenvolvida por Jobs, mas antes de mim muitos se seguiram, muitos se renderam e a Apple é das poucas companhias que se orgulha de quase só crescer financeiramente durante o ano, com poucos problemas financeiros e a nível de bolsa. Jobs - que neste momento se debate com um cancro do pâncreas - é um génio tecnológico e a bem ver as coisas também um génio preconizador do futuro. Quando o primeiro iPod de grande volume foi lançado - em 2001, com apenas 5GB ou 10GB - Jobs disse que dentro de 10 anos o belo aparelho ia descer dos enormes 500€ para metade do preço e com pelo menos 10 vezes mais tamanho. "E aí, toda a gente vai querer um!", dizia. Eu pelo menos sei que quero!

NOTA: há que dizer que não sou católico, nem muçulmano. Fico-me apenas pelo ateísmo. Se os ateus amanhã tiverem um comentário infeliz, também o comentarei.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

50 anos de revolução cubana. O comunismo de hoje



1 de Janeiro de 1959, Fidel e Raul Castro, Ernesto «che» Guevara e Camilo Cienfuegos desceram da Sierra Maestra tomando Cuba, tornando-se heróis, ícones, e símbolos de esperança para Cuba, e para o mundo. Os ‘barbudos’ (como ficaram conhecidos) trouxeram de volta o misticismo do comunismo e fizeram sentir que valia a pena lutar pelo que se acreditava.
Assumindo-se como Leninista/Marxista, já no poder, Fidel tomou uma posição na política mundial numa altura em que a Guerra Fria ia tendo contornos no mínimo sensíveis. Não se sabe realmente se Fidel era comunista desde os tempos de faculdade, em que diz ter lido a obra de Marx ou se realmente foi uma resposta ao manifesto desagrado que os EUA tiveram para com a revolução, as reformas e as nacionalizações feitas em Cuba por Fidel. Em termos práticos, o comunismo de Fidel fez aquilo que deveria ter sido feito apostar na educação (Cuba tem umas das maiores taxas de alfabetização) e na saúde, sendo este um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Por outro lado a liberdade do povo Cubano tem limites, por exemplo só com a recente chegada de Raul Castro ao poder possibilitou que todos cubanos tivessem o direito de aceder á internet e possuir um computador, algo que a nossa geração não imagina possível viver sem.
O modelo de socialismo aplicado em Cuba será como outro qualquer sistema comunista em qualquer outro lado do mundo, um sistema falhado e cheio de lacunas. Se por um lado se acredita na igualdade de valores e de direitos entre todos, se pelo mesmo lado se aceita que as prioridades sociais sejam as mais importantes, por outro lado em termos económicos a esquerda mundial tem estado bastante aquém da ferocidade do capitalismo em voga no ocidente, excepção feita talvez á China. Em termos políticos será complicado acreditar que os comunismos ainda praticados hoje em dia sejam realmente uma democracia. O partido comunista da Rússia e da China estão no poder desde que as revoluções foram feitas, assim como o PCC (partido comunista cubano) está como o único partido legal em Cuba. Mas este caso será um pouco diferente dos demais, Fidel é uma personagem unânime (ou quase) em Cuba e apesar de não haver a obrigação de culto ao líder, parece-me ao que me informei que os cubanos apreciam os ideais e as pessoas de Fidel e do seu irmão. Um caso um pouco á parte mas que não posso deixar de referir é Hugo Chavez, mais uma vez será um pouco como Fidel, visto como ‘salvador da pátria’ Chavez tirou a Venezuela da pobreza e aproveitou todas as suas potencialidades para passar a ser uma potência do continente americano, peca como todos os outros pela falta de democracia e ter arranjado alguns inimigos! No entanto uns dos casos a acompanhar porque realmente as políticas sociais do presidente venezuelano beneficiaram a Venezuela e o seu povo.
Olhando para Portugal teremos então 3 partidos de esquerda com assento parlamentar, 2 deles assumidamente comunistas. O Bloco de Esquerda, o mais recente destes 2, terá surgido em resposta á pouca inovação do Partido Comunista Português que ao que parece tem parado no tempo. O BE no entanto parece me um pouco mais agressivo do que deveria ser, liderado realmente por um grupo de intelectuais com inteligência acima da média, opta por fazer oposição desconstrutiva, por vezes desfasada da realidade. Sendo no entanto, na minha opinião, uma excelente força de oposição e que o seu aparecimento veio em boa altura visto que oposição não será com certeza a que a direita (enfraquecida) portuguesa anda a tentar fazer. O PCP por outro lado não se consegue reinventar, Jerónimo trouxe algo de novo ao que Carvalhas tinha deixado mas pouco mais que isso, o PCP mostrou nos últimos anos, um partido simpático sem dúvida, com o qual eu até me identifico, mas que parou no tempo como já disse agarrado á revolução e a Álvaro Cunhal, dos quais não se deviam esquecer certamente mas sem tirar os olhos do futuro. Como diria o outro de 80 anos amigo do nosso ministro da cultura ‘isto da cintura p’ra baixo é como o comunismo já se foi há muito tempo’, com pena minha mas começo a achar que será verdade.
Em jeito de conclusão, as políticas de esquerda são essenciais para que prevaleça o bem-estar de todos e não apenas de alguns, e penso que mais que uma força política o comunismo deve ser uma maneira de estar e encarar a vida.

PS: Há quem diga que o comunismo e o cristianismo não podem viver simultaneamente, mas… não terá sido Jesus o primeiro comunista ideológico?

sábado, 17 de janeiro de 2009

Gás e Alzheimer

É verdade, estou a trabalhar ao sábado.
Um ministro não faz isso, bem sei, estou a ser injusto para com a profissão, mas excepcionalmente esta semana teve de ser assim, até ontem não me foi permitido escrever este texto que agora aqui deixo.
Antes de mais deixo aqui as minhas esperanças e as esperanças de Portugal neste blogue.
Pronto , já está.
Agora escrevo, e escrevo sobre o quê?

Bem nesta semana destacam-se dois acontecimentos: o primeiro sobre a crise do gás proveniente da Rússia. A Ucrânia veio dizer que a Rússia não fornece gás suficiente para a Europa para depois acusarem a Ucrânia de que rouba gás à Europa, foram estas as palavras de Oleg Dubina, director da empresa pública Natfogaz da Ucrânia. É incrível como em duas frases consegui escrever duas vezes a palvra Rússia e três vezes a palavra Ucrânia.
Ora isto torna-se um problema na medida em que Portugal atravessa tempos muito frios. Frio esse que leva a ligar aquecedores. Aquecedores esses que são a gás. Gás esse que provém da Rússia e que passa pela Ucrânia. Portanto é melhor que se entendam. Eu como Ministro dos Negócios Estrangeiros falei com os Ucranianos que me garantem que não roubam gás, que é a Rússia que fornece pouco. A Rússia essa vai levar homens para vigiar os postos de gás na Ucrânia para verem se não há desvios, com o acordo da Ucrânia.
Parece-me um problema perto do fim.

O segundo acontecimento fala sobre o TGV.
Manuela Ferreira Leite veio dizer que se for eleita primeira ministra risca do papel o TGV para Espanha. Sim ela mesmo que no governo de Durão Barroso disse que o projecto do TGV seria um grande "projecto de estratégia para as próxima duas décadas" para Portugal e Espanha.
Vamos lá ver. A Manuela Ferreira Leite não é aquela senhora que disse que Portugal precisava de meio ano de ditadura? Acho que depois disto, tudo o que ela diga a seguir deixa de ter alguma credibilidade. Coitada da senhora.
Fui até Bruxelas na passada quarta feira, e a Comissão Europeia prometeu-me que dos fundos comunitários para a alta velocidade vêm 380 milhões de euros para financiar o projecto.
Acho uma grande ajuda, num projecto que vai ser claramente rentável para Portugal e Espanha.

E foi este o meu primeiro texto, e de o ter escrito a um sábado já estou com dores de cabeça.
Para a semana seguem-se viagens à Palestina, Israel, novamente a Bruxelas, enfim, é a vida de um Ministro.
Até para a semana!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E viva o Cris

Muito boa tarde caríssimos leitores

Numa semana em que as atenções estiveram viradas, única e exclusivamente para a eleição do melhor jogador do ano da FIFA, não há muito mais que abordar.

Começo, então, por felicitar o atleta português pelo importantíssimo título conquistado. A concorrência era fortíssima (e apesar de não gostar da pessoa que ele é) há que admitir que é sem dúvida um atleta de excelência e o actual melhor jogador de futebol do Mundo. Como o título era quase certo, porque razão Ronaldo não elaborou um discurso em condições (ou pagava a alguém que o fizesse por si)?
Queria, também, felicitar a Dona Dolores por ter tido sangue frio suficiente para que o seu coração não AAAAArrebentasse.

Falando agora daquele fantástico jogo que me foi possível assistir (ou não) pela Sporttv na 4ªfeira (Nacional - Porto). Queria então propor às marcas desportivas (NIKE e afins) o seguinte: Que tal umas botas novas com tecnologia de faróis de nevoeiro? ou bolas com guizos (utilizadas em desporto adaptado) mas adaptadas ao futebol? (tentativa de piada)
O Desporto é assim mesmo, nem sempre a natureza ajuda. Compreendo porque é que o jogo não foi adiado, mas para quê continuar com uma transmissão televisiva em que apenas se vê de vez em quando um ponto branco no meio do menos branco?


Começa amanhã o Campeonato do Mundo de Andebol na Croácia. Equipas como: França, Croácia, Espanha, Alemanha... vão então disputar o troféu máximo do Andebol. Mais uma vez a selecção portuguesa não vai estar presente. Talvez, num futuro não muito longínquo, isto venha a mudar (com os recentes resultados fantásticos da selecção masculina de Júniores A, que ganharam um torneio em que estavam as equipas: França, Espanha e Alemanha).
Por cá, há taça da LPA para ver (a Sporttv transmite um jogo por dia).


Todas as semanas vou sugerir um jogo ou uma prova para ver

Fica aqui a minha sugestão desta semana

Andebol:
Final da taça da liga - Domingo às 16h00 com repetição às 23h30 na Sporttv 1



Saudaçoes
até pra semana

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

(Pobre) Sociedade Civil em 2009

Caros portugueses.
Ou melhor, e como se trata de uma época de crise,
Baratos portugueses,

Como minha primeira legislação, irei falar-vos um pouco sobre o estado da nossa sociedade, dado que por coincidência me trato do ministro da sociedade. Nem tudo são más notícias para este ano, como tal vamos por de lado a grande preocupação que assola todos nós e que é obviamente, a crise financeira.
Vamos lá então às coisinhas boas:

1 - O surto de gripe tanto falado agora no final de 2008, começa agora a desvanecer… Uhuh! Viva!

2 - Miguel Guerreiro, o vencedor de “Uma Canção para Ti”, da TVI, começou o segundo período escolar a soltar a voz. “Os meus colegas e a professora obrigaram-me a cantar e eu fiz-lhes a vontade com o tema ‘Lisboa Menina e Moça’”. Ahhhh! Que alegria nos traz o Miguelito.

3 - “Estamos optimistas para este ano 2009” - Luís Marques, o novo director-geral da SIC, acredita que o corrente ano de 2009 irá correr bem para a estação de Carnaxide, que encerrou 2008 a recuperar o segundo lugar, com um share de 24,9%. Boa! O que menos queremos é perder este precioso canal onde aparecem os Gato Fedorento e o Não Há Crise. Yes! Vou ficar ligado para sempre a este canal! O mesmo, não podem dizer os mais de 40 profissionais que já rescindiram com a SIC, no âmbito do projecto de reestruturação da empresa. “O número é superior ao que esperávamos”, explica Luís Marques. Uuuups, esta não é assim tão boa notícia!

4 - Moniz anúncia, "TVI 24 em Fevereiro". Espectáculo! 24 Horinhas seguidas de novelas cujos actores são e serão para sempre os mesmos, os cenários são e serão para sempre os mesmos (só muda o sofá da sala), as histórias são e serão para sempre as mesmas, enfim! A delícia para qualquer adulto de meia-idade!

5 - 55 mil euros, T2 no Algarve e 93 mil euros em PPR, são os investimentos feitos por José Paulo Barata Farinha - economista e presidente da Câmara Municipal da Sertã (eleito em Dezembro de 2001 e reeleito em Outubro de 2005). Na declaração de rendimentos que entregou no Tribunal Constitucional em 2005, José Farinha apresenta 55 294 euros resultado de trabalho dependente. Possui também um eucaliptal, um T3 na Sertã, na bolsa investiu em 345 acções da Vista Alegre e 175 da Mota-Eng e finalmente possui ainda 26 230 euros em certificados de aforro... Dizem que Portugal é um país pobre, mas alegrem-se portugueses, há sempre alguém que consegue meter mais algum ao bolso.

Por isso alegrem-se compatriotas, precisamos de ânimo e força para esta altura! Nem tudo são águas turvas, há sempre o lado positivo, o lado que nos faz sorrir e começar o dia com novo alento!

Sem mais assunto, subscrevo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

30 anos de carreira, 30 anos de delírio

É sempre um número bonito, 30 anos. Neste caso, 30 anos de rock'n'roll, ou, na sua variante mais hardcore, sexo, drogas e rock 'n' roll. Não, não estou a falar dos Rolling Stones ou - para o caso dos mais incultos pensarem - dos Beatles. Sim, caso tenham pensado neles, estou mesmo a falar dos Xutos & Pontapés. Por menos gosto que lhes tenha e lhes nutra - e sei que "Não sou o único" - não consigo deixar de levantar o chapéu a uma banda que sobrevive 30 anos a viver de um sonho (viver da música), utilizando sempre os mesmos acordes, fotocopiando música atrás de música.

É de louvar que uma banda cá em Portugal - sendo banda um conjunto de elementos, individualidades como Jorge Palma, Rui Veloso ou Sérgio Godinho não contam desta vez - consiga atingir esta belíssima marca. Em 1979, quando os Xutos (vulgo nome entre o povo) se formaram, eram jovens que faziam do rock e do punk a sua voz, que procuravam expressar-se revoltosos contra tudo e todos.

Aqueles que são recorrentemente apelidados de "Rolling Stones Portugueses" - impossível perceber como, uma vez que começaram do punk e Tim pesa mais que Mick Jagger e Keith Richards juntos - atingem esta bela marca no ano que começa: 2009. Um ano que se diz de crise, mas que irá trazer, adivinho eu, mais um disco (pelo menos) de platina à banda de Tim e Zé Pedro. Sou, por vezes, o mais acérrimo defensor dos valores portugueses. Mas dos novos, não dos velhos. Porque também sou defensor, que ao fim de 15 anos, é muito complicado uma banda conseguir deitar cá para fora algo de realmente original e de valor. Mas os Xutos continuam e "O mundo ao contrário" (de 2004), não vai ficar sem sucessor. E não parece, de todo, difícil prever que o álbum não vá ser bom, original. Mas o povo português, que pouco ou nada parece ligar à cultura (neste caso musical), vai adquirir às cegas mais este registo. E se tudo correr bem ao conjunto, estaremos cá em 2018 a celebrar 40 anos - e provavelmente os Stones também vão celebrar 80 anos, mas isso é outra história.

Vejamos: nós temos excelentes valores musicais, como Clã, Peixe:Avião, Fadomorse, Legendary Tiger Man, Wraygunn, JP Simões, Manuel Cruz (que teve os lendários Ornatos Violeta e os bem sucedidos comercialmente Pluto), Guys From The Caravan, Black Bombain, ThanatoSchizO (começo aqui a entrar no metal, que é um género menos apreciado, mas igualmente rico, mas deixemos isso para outras conversas), tantos, imensos. Mas o médio ouvinte português prefere ignorar tantas boas alternativas para nomes maiores e mais fáceis, comos os Xutos. E outros produtos como os atrás mencionados e ainda Linda Martini, Mundo Cão ou Mão Morta (os senhores do norte com 20 e poucos anos musicais) parecem quase caídos no esquecimento.

Claro que tudo se resume a duas coisas: os meios de comunicação que divulgam a música e o povo. Começando pelo último, Portugal nunca foi um país do rock, de revolta, de reacção, mas antes de saudosismo, conformismo e algum facilitismo e até, mais extremamente falando, conservador. Poucos foram os punks que sobreviveram e viveram - talvez os Peste & Sida ou os Tara Perdida -, poucos são os metaleiros que ainda continuam por aí - Xeque-Mate só nos eighties e os Moonspell são, queira-se ou não, fruto de uma excelente comercialização de um produto polémico e do rock, só me lembro dos Xutos - os UHF são um caso anacrónico e algo paradoxal, os GNR bons e diferentes demais para se encaixarem neste saco, lá vão os tempos de Portugal na CEE.
Sorte, enfim, tiveram os Xutos & Pontapés em conseguirem vingar, em fazer melodias fáceis, audíveis e que agarram qualquer um. Sorte tiveram eles de os tais meios os manterem em airplay constante, numa playlist pré-definida no início de cada ano. Causa - consequência, os poucos que ouvem rádio, os poucos que compram CD's originais, conhecem bem os Xutos e mal a verdadeira categoria musical portuguesa. Que acaba, pobremente, por ser quase uma sombra dedicada a umas centenas, quase um milhar, que idolatra e vive com fervor a música, o som, as notas e as melodias.

É, no fundo, uma questão de mentalidades... E populacional. Somos um país de dez milhões, muito velho, muito idoso, com muito Alzheimer, Parkinson, gripes e artroses, com milhares de bandas/projectos a despontarem por todos o país, desejosos de viver um sonho: a música como vida.

Estão de parabéns os Xutos & Pontapés, Tim e Zé Pedro que mantêm esse sonho. Há no entanto algo que tem que se salientar: uma forte crítica ao médio português, que diz que gosta de música, mas no fundo não conhece mais que a Amália e os Xutos - pois nós portugueses só nos sentimos atingidos quando nos sentimos ofendidos. E também a todos os senhores com dinheiro para a cultura, fica aqui um recadinho: em 30 anos, Portugal tornou-se um paraíso para a vinda de grandes bandas do estrangeiro. Mas um verdadeiro pesadelo para grandes valores do panorama musical português. Porque não apostarmos num concerto de médias dimensões dos Pontos Negros, dos Linda Martini, dos Peixe:Avião, dos Fadomorse, de tantos outros? Porque não termos uma rádio - por exemplo - totalmente portuguesa, que dê a conhecer ao mundo novos valores? Porque não novos espaços para novos talentos?

Somos um país tão próprio, tão nobre e talentoso, tão fervoroso de novas ideias, tão criativo. Vamos ganhar mais prémios lá fora, vamos fazer alguém mais viver um sonho. Vamos mudar um pouco e "let's rock and roll all night", "rock around the clock".

PS - 30 anos de carreira média não é nada mau. Principalmente quando, pelo meio, se recebe do Presidente da República, a Ordem do Infante D. Henrique em 2004.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

God Bless America







No inicio de um ano que se avizinha complicado para a politica internacional, achei por bem falar da influência dos EUA no mundo, certamente fui influenciado por mais uma luta armada entre Israel e a Palestina, conflito, incondicionalmente apoiado pelos Estados Unidos.


O porquê deste tema, com tantos outros para iniciar esta coluna (50 anos da Revolução Cubana, um dos próximos certamente), Tratado de Lisboa ou mesmo uma análise interna da política portuguesa) decidi-me por este, porque é, no meu entendimento o mais oportuno e o que mais confusão me faz.



Apesar de ser um país relativamente recente (1776), é neste momento o país que mais influência tem no mundo, na sociedade e na política de hoje. Deveria um só país ter o poder e a influência que os EUA possuem? Eu digo que não. Com o tempo poderão perceber a minha inclinação política, sim porque eu tenho uma, mas não o tentem fazer com este artigo. Falo como cidadão preocupado e não por partidarismos.


Olhemos então para o conflito Israelo-Palestiniano. Não querendo para já dar razão a nenhuma das partes e por ser um tema demasiado complexo, verdade é que Israel é formado em 46 pela ONU e com apoio incondicional dos EUA vieram mexer com a ordem natural das políticas e crenças do médio oriente.


Mas agora quem funda países são organizações, mesmo que poderosas? Sim são, mas não está bem digo eu. Um país deve ter a sua identidade e formação histórica definida. Israel formado a partir do nada só veio ajudar a criar problemas a uma zona só por si problemática e os Estados Unidos fomentaram a sua criação para adquirir assim um bastião aliado numa zona de alto interesse e que necessitavam de controlar de alguma maneira. (Não esquecer ainda que cada vez que Israel entra em guerra, os Estados Unidos têm armas para vender. Será então daí que vem o apoio manifestado por Bush a esta presente guerra? Visto que os EUA vivem uma crise sem precedentes? Será que os EUA enriquecem com cada guerra que fazem ou patrocinam? Sim claro).



E que jeito viria a dar aquele pedaço de terreno para fazer duas guerras contra outro país árabe, o Iraque. Ora bem, aqui vos mostro também a influência dos EUA, pois são, que eu saiba, o único país capaz de fazer guerra sem fundamentos e não serem criticados pela comunidade internacional. Pior que a influência e poder por si só, são estes dois factores aliados à hipocrisia. E porquê? Por dois motivos, o primeiro por ter sido uma guerra feita por motivos muito duvidosos como o Iraque possuir petróleo, ups… desculpem, armas nucleares (nunca encontradas)! Bush, agora Obama, uma sugestão… saiam do Iraque pá! Eles entendem-se sem vocês.



Para acabar, e em jeito de piada, sabiam que o governo ‘taliban’ que existia (ou existe?) no Afeganistão também ele foi ‘patrocinado’ pela Casa Branca em alturas da guerra fria a modos de ‘chatear’ a URSS?!



Afinal quem são realmente estes auto-proclamados ‘defensores da paz e da democracia’, o que fazem e por que interesses se movem? Hipócritas digo eu…


Quem semeia ventos…

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Breve introdução - Proposta 1, alínea A

Longe de sermos políticos, mas antes talvez utópicos críticos com vontade de falar, o Governo de uma República vai ser uma extensão das nossas mentes. Bem sabemos que pode ser um entre mil - aliás, quando existe um blog como O Abrupto, é complicado existir algo mais -, mas queremos sobressair, obter reacções fortes de todo o lado, agitar mentes, fazer agir.

A cada dia da semana - útil, claro está, que ao fim-de-semana o Governo descansa - está prometido um texto de cada um dos nossos membros. Textos recheados de palavras, pensamentos e utilidades que nunca serão demais. Sem falhas, nós prometemos cumprir. Só não descemos os impostos, não porque não queremos, mas porque estamos em tempo de crise.