sábado, 17 de janeiro de 2009

Gás e Alzheimer

É verdade, estou a trabalhar ao sábado.
Um ministro não faz isso, bem sei, estou a ser injusto para com a profissão, mas excepcionalmente esta semana teve de ser assim, até ontem não me foi permitido escrever este texto que agora aqui deixo.
Antes de mais deixo aqui as minhas esperanças e as esperanças de Portugal neste blogue.
Pronto , já está.
Agora escrevo, e escrevo sobre o quê?

Bem nesta semana destacam-se dois acontecimentos: o primeiro sobre a crise do gás proveniente da Rússia. A Ucrânia veio dizer que a Rússia não fornece gás suficiente para a Europa para depois acusarem a Ucrânia de que rouba gás à Europa, foram estas as palavras de Oleg Dubina, director da empresa pública Natfogaz da Ucrânia. É incrível como em duas frases consegui escrever duas vezes a palvra Rússia e três vezes a palavra Ucrânia.
Ora isto torna-se um problema na medida em que Portugal atravessa tempos muito frios. Frio esse que leva a ligar aquecedores. Aquecedores esses que são a gás. Gás esse que provém da Rússia e que passa pela Ucrânia. Portanto é melhor que se entendam. Eu como Ministro dos Negócios Estrangeiros falei com os Ucranianos que me garantem que não roubam gás, que é a Rússia que fornece pouco. A Rússia essa vai levar homens para vigiar os postos de gás na Ucrânia para verem se não há desvios, com o acordo da Ucrânia.
Parece-me um problema perto do fim.

O segundo acontecimento fala sobre o TGV.
Manuela Ferreira Leite veio dizer que se for eleita primeira ministra risca do papel o TGV para Espanha. Sim ela mesmo que no governo de Durão Barroso disse que o projecto do TGV seria um grande "projecto de estratégia para as próxima duas décadas" para Portugal e Espanha.
Vamos lá ver. A Manuela Ferreira Leite não é aquela senhora que disse que Portugal precisava de meio ano de ditadura? Acho que depois disto, tudo o que ela diga a seguir deixa de ter alguma credibilidade. Coitada da senhora.
Fui até Bruxelas na passada quarta feira, e a Comissão Europeia prometeu-me que dos fundos comunitários para a alta velocidade vêm 380 milhões de euros para financiar o projecto.
Acho uma grande ajuda, num projecto que vai ser claramente rentável para Portugal e Espanha.

E foi este o meu primeiro texto, e de o ter escrito a um sábado já estou com dores de cabeça.
Para a semana seguem-se viagens à Palestina, Israel, novamente a Bruxelas, enfim, é a vida de um Ministro.
Até para a semana!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E viva o Cris

Muito boa tarde caríssimos leitores

Numa semana em que as atenções estiveram viradas, única e exclusivamente para a eleição do melhor jogador do ano da FIFA, não há muito mais que abordar.

Começo, então, por felicitar o atleta português pelo importantíssimo título conquistado. A concorrência era fortíssima (e apesar de não gostar da pessoa que ele é) há que admitir que é sem dúvida um atleta de excelência e o actual melhor jogador de futebol do Mundo. Como o título era quase certo, porque razão Ronaldo não elaborou um discurso em condições (ou pagava a alguém que o fizesse por si)?
Queria, também, felicitar a Dona Dolores por ter tido sangue frio suficiente para que o seu coração não AAAAArrebentasse.

Falando agora daquele fantástico jogo que me foi possível assistir (ou não) pela Sporttv na 4ªfeira (Nacional - Porto). Queria então propor às marcas desportivas (NIKE e afins) o seguinte: Que tal umas botas novas com tecnologia de faróis de nevoeiro? ou bolas com guizos (utilizadas em desporto adaptado) mas adaptadas ao futebol? (tentativa de piada)
O Desporto é assim mesmo, nem sempre a natureza ajuda. Compreendo porque é que o jogo não foi adiado, mas para quê continuar com uma transmissão televisiva em que apenas se vê de vez em quando um ponto branco no meio do menos branco?


Começa amanhã o Campeonato do Mundo de Andebol na Croácia. Equipas como: França, Croácia, Espanha, Alemanha... vão então disputar o troféu máximo do Andebol. Mais uma vez a selecção portuguesa não vai estar presente. Talvez, num futuro não muito longínquo, isto venha a mudar (com os recentes resultados fantásticos da selecção masculina de Júniores A, que ganharam um torneio em que estavam as equipas: França, Espanha e Alemanha).
Por cá, há taça da LPA para ver (a Sporttv transmite um jogo por dia).


Todas as semanas vou sugerir um jogo ou uma prova para ver

Fica aqui a minha sugestão desta semana

Andebol:
Final da taça da liga - Domingo às 16h00 com repetição às 23h30 na Sporttv 1



Saudaçoes
até pra semana

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

(Pobre) Sociedade Civil em 2009

Caros portugueses.
Ou melhor, e como se trata de uma época de crise,
Baratos portugueses,

Como minha primeira legislação, irei falar-vos um pouco sobre o estado da nossa sociedade, dado que por coincidência me trato do ministro da sociedade. Nem tudo são más notícias para este ano, como tal vamos por de lado a grande preocupação que assola todos nós e que é obviamente, a crise financeira.
Vamos lá então às coisinhas boas:

1 - O surto de gripe tanto falado agora no final de 2008, começa agora a desvanecer… Uhuh! Viva!

2 - Miguel Guerreiro, o vencedor de “Uma Canção para Ti”, da TVI, começou o segundo período escolar a soltar a voz. “Os meus colegas e a professora obrigaram-me a cantar e eu fiz-lhes a vontade com o tema ‘Lisboa Menina e Moça’”. Ahhhh! Que alegria nos traz o Miguelito.

3 - “Estamos optimistas para este ano 2009” - Luís Marques, o novo director-geral da SIC, acredita que o corrente ano de 2009 irá correr bem para a estação de Carnaxide, que encerrou 2008 a recuperar o segundo lugar, com um share de 24,9%. Boa! O que menos queremos é perder este precioso canal onde aparecem os Gato Fedorento e o Não Há Crise. Yes! Vou ficar ligado para sempre a este canal! O mesmo, não podem dizer os mais de 40 profissionais que já rescindiram com a SIC, no âmbito do projecto de reestruturação da empresa. “O número é superior ao que esperávamos”, explica Luís Marques. Uuuups, esta não é assim tão boa notícia!

4 - Moniz anúncia, "TVI 24 em Fevereiro". Espectáculo! 24 Horinhas seguidas de novelas cujos actores são e serão para sempre os mesmos, os cenários são e serão para sempre os mesmos (só muda o sofá da sala), as histórias são e serão para sempre as mesmas, enfim! A delícia para qualquer adulto de meia-idade!

5 - 55 mil euros, T2 no Algarve e 93 mil euros em PPR, são os investimentos feitos por José Paulo Barata Farinha - economista e presidente da Câmara Municipal da Sertã (eleito em Dezembro de 2001 e reeleito em Outubro de 2005). Na declaração de rendimentos que entregou no Tribunal Constitucional em 2005, José Farinha apresenta 55 294 euros resultado de trabalho dependente. Possui também um eucaliptal, um T3 na Sertã, na bolsa investiu em 345 acções da Vista Alegre e 175 da Mota-Eng e finalmente possui ainda 26 230 euros em certificados de aforro... Dizem que Portugal é um país pobre, mas alegrem-se portugueses, há sempre alguém que consegue meter mais algum ao bolso.

Por isso alegrem-se compatriotas, precisamos de ânimo e força para esta altura! Nem tudo são águas turvas, há sempre o lado positivo, o lado que nos faz sorrir e começar o dia com novo alento!

Sem mais assunto, subscrevo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

30 anos de carreira, 30 anos de delírio

É sempre um número bonito, 30 anos. Neste caso, 30 anos de rock'n'roll, ou, na sua variante mais hardcore, sexo, drogas e rock 'n' roll. Não, não estou a falar dos Rolling Stones ou - para o caso dos mais incultos pensarem - dos Beatles. Sim, caso tenham pensado neles, estou mesmo a falar dos Xutos & Pontapés. Por menos gosto que lhes tenha e lhes nutra - e sei que "Não sou o único" - não consigo deixar de levantar o chapéu a uma banda que sobrevive 30 anos a viver de um sonho (viver da música), utilizando sempre os mesmos acordes, fotocopiando música atrás de música.

É de louvar que uma banda cá em Portugal - sendo banda um conjunto de elementos, individualidades como Jorge Palma, Rui Veloso ou Sérgio Godinho não contam desta vez - consiga atingir esta belíssima marca. Em 1979, quando os Xutos (vulgo nome entre o povo) se formaram, eram jovens que faziam do rock e do punk a sua voz, que procuravam expressar-se revoltosos contra tudo e todos.

Aqueles que são recorrentemente apelidados de "Rolling Stones Portugueses" - impossível perceber como, uma vez que começaram do punk e Tim pesa mais que Mick Jagger e Keith Richards juntos - atingem esta bela marca no ano que começa: 2009. Um ano que se diz de crise, mas que irá trazer, adivinho eu, mais um disco (pelo menos) de platina à banda de Tim e Zé Pedro. Sou, por vezes, o mais acérrimo defensor dos valores portugueses. Mas dos novos, não dos velhos. Porque também sou defensor, que ao fim de 15 anos, é muito complicado uma banda conseguir deitar cá para fora algo de realmente original e de valor. Mas os Xutos continuam e "O mundo ao contrário" (de 2004), não vai ficar sem sucessor. E não parece, de todo, difícil prever que o álbum não vá ser bom, original. Mas o povo português, que pouco ou nada parece ligar à cultura (neste caso musical), vai adquirir às cegas mais este registo. E se tudo correr bem ao conjunto, estaremos cá em 2018 a celebrar 40 anos - e provavelmente os Stones também vão celebrar 80 anos, mas isso é outra história.

Vejamos: nós temos excelentes valores musicais, como Clã, Peixe:Avião, Fadomorse, Legendary Tiger Man, Wraygunn, JP Simões, Manuel Cruz (que teve os lendários Ornatos Violeta e os bem sucedidos comercialmente Pluto), Guys From The Caravan, Black Bombain, ThanatoSchizO (começo aqui a entrar no metal, que é um género menos apreciado, mas igualmente rico, mas deixemos isso para outras conversas), tantos, imensos. Mas o médio ouvinte português prefere ignorar tantas boas alternativas para nomes maiores e mais fáceis, comos os Xutos. E outros produtos como os atrás mencionados e ainda Linda Martini, Mundo Cão ou Mão Morta (os senhores do norte com 20 e poucos anos musicais) parecem quase caídos no esquecimento.

Claro que tudo se resume a duas coisas: os meios de comunicação que divulgam a música e o povo. Começando pelo último, Portugal nunca foi um país do rock, de revolta, de reacção, mas antes de saudosismo, conformismo e algum facilitismo e até, mais extremamente falando, conservador. Poucos foram os punks que sobreviveram e viveram - talvez os Peste & Sida ou os Tara Perdida -, poucos são os metaleiros que ainda continuam por aí - Xeque-Mate só nos eighties e os Moonspell são, queira-se ou não, fruto de uma excelente comercialização de um produto polémico e do rock, só me lembro dos Xutos - os UHF são um caso anacrónico e algo paradoxal, os GNR bons e diferentes demais para se encaixarem neste saco, lá vão os tempos de Portugal na CEE.
Sorte, enfim, tiveram os Xutos & Pontapés em conseguirem vingar, em fazer melodias fáceis, audíveis e que agarram qualquer um. Sorte tiveram eles de os tais meios os manterem em airplay constante, numa playlist pré-definida no início de cada ano. Causa - consequência, os poucos que ouvem rádio, os poucos que compram CD's originais, conhecem bem os Xutos e mal a verdadeira categoria musical portuguesa. Que acaba, pobremente, por ser quase uma sombra dedicada a umas centenas, quase um milhar, que idolatra e vive com fervor a música, o som, as notas e as melodias.

É, no fundo, uma questão de mentalidades... E populacional. Somos um país de dez milhões, muito velho, muito idoso, com muito Alzheimer, Parkinson, gripes e artroses, com milhares de bandas/projectos a despontarem por todos o país, desejosos de viver um sonho: a música como vida.

Estão de parabéns os Xutos & Pontapés, Tim e Zé Pedro que mantêm esse sonho. Há no entanto algo que tem que se salientar: uma forte crítica ao médio português, que diz que gosta de música, mas no fundo não conhece mais que a Amália e os Xutos - pois nós portugueses só nos sentimos atingidos quando nos sentimos ofendidos. E também a todos os senhores com dinheiro para a cultura, fica aqui um recadinho: em 30 anos, Portugal tornou-se um paraíso para a vinda de grandes bandas do estrangeiro. Mas um verdadeiro pesadelo para grandes valores do panorama musical português. Porque não apostarmos num concerto de médias dimensões dos Pontos Negros, dos Linda Martini, dos Peixe:Avião, dos Fadomorse, de tantos outros? Porque não termos uma rádio - por exemplo - totalmente portuguesa, que dê a conhecer ao mundo novos valores? Porque não novos espaços para novos talentos?

Somos um país tão próprio, tão nobre e talentoso, tão fervoroso de novas ideias, tão criativo. Vamos ganhar mais prémios lá fora, vamos fazer alguém mais viver um sonho. Vamos mudar um pouco e "let's rock and roll all night", "rock around the clock".

PS - 30 anos de carreira média não é nada mau. Principalmente quando, pelo meio, se recebe do Presidente da República, a Ordem do Infante D. Henrique em 2004.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

God Bless America







No inicio de um ano que se avizinha complicado para a politica internacional, achei por bem falar da influência dos EUA no mundo, certamente fui influenciado por mais uma luta armada entre Israel e a Palestina, conflito, incondicionalmente apoiado pelos Estados Unidos.


O porquê deste tema, com tantos outros para iniciar esta coluna (50 anos da Revolução Cubana, um dos próximos certamente), Tratado de Lisboa ou mesmo uma análise interna da política portuguesa) decidi-me por este, porque é, no meu entendimento o mais oportuno e o que mais confusão me faz.



Apesar de ser um país relativamente recente (1776), é neste momento o país que mais influência tem no mundo, na sociedade e na política de hoje. Deveria um só país ter o poder e a influência que os EUA possuem? Eu digo que não. Com o tempo poderão perceber a minha inclinação política, sim porque eu tenho uma, mas não o tentem fazer com este artigo. Falo como cidadão preocupado e não por partidarismos.


Olhemos então para o conflito Israelo-Palestiniano. Não querendo para já dar razão a nenhuma das partes e por ser um tema demasiado complexo, verdade é que Israel é formado em 46 pela ONU e com apoio incondicional dos EUA vieram mexer com a ordem natural das políticas e crenças do médio oriente.


Mas agora quem funda países são organizações, mesmo que poderosas? Sim são, mas não está bem digo eu. Um país deve ter a sua identidade e formação histórica definida. Israel formado a partir do nada só veio ajudar a criar problemas a uma zona só por si problemática e os Estados Unidos fomentaram a sua criação para adquirir assim um bastião aliado numa zona de alto interesse e que necessitavam de controlar de alguma maneira. (Não esquecer ainda que cada vez que Israel entra em guerra, os Estados Unidos têm armas para vender. Será então daí que vem o apoio manifestado por Bush a esta presente guerra? Visto que os EUA vivem uma crise sem precedentes? Será que os EUA enriquecem com cada guerra que fazem ou patrocinam? Sim claro).



E que jeito viria a dar aquele pedaço de terreno para fazer duas guerras contra outro país árabe, o Iraque. Ora bem, aqui vos mostro também a influência dos EUA, pois são, que eu saiba, o único país capaz de fazer guerra sem fundamentos e não serem criticados pela comunidade internacional. Pior que a influência e poder por si só, são estes dois factores aliados à hipocrisia. E porquê? Por dois motivos, o primeiro por ter sido uma guerra feita por motivos muito duvidosos como o Iraque possuir petróleo, ups… desculpem, armas nucleares (nunca encontradas)! Bush, agora Obama, uma sugestão… saiam do Iraque pá! Eles entendem-se sem vocês.



Para acabar, e em jeito de piada, sabiam que o governo ‘taliban’ que existia (ou existe?) no Afeganistão também ele foi ‘patrocinado’ pela Casa Branca em alturas da guerra fria a modos de ‘chatear’ a URSS?!



Afinal quem são realmente estes auto-proclamados ‘defensores da paz e da democracia’, o que fazem e por que interesses se movem? Hipócritas digo eu…


Quem semeia ventos…