segunda-feira, 23 de março de 2009

A voar se faz política

Cá estou eu de volta caros leitores, para vos deixar com mais um das minhas lamúrias de pseudo governante de uma República confinada à administração saborosa de um leque mágico de companheiros. Portanto, hoje vou falar de uma das maiores polémicas que sussurram nas bocas sábias do povo e deslizam nos dedos de profunda agudeza dos políticos, empresários e administradores. Desde uma pertinente afirmação de que a Margem Sul, de areia extensa que para além do horizonte se perde, poder ser lugar inviável e estéril para a construção de um aeroporto, até à proposta mais incrédula de um planeamento para uma OTA deslocada, fraca e pantanosa, o nosso país geme do prazer do livre arbítrio numa discussão de praça pública.


Com certeza que o ridículo de algumas afirmações se fizeram de magotes históricas da polémica acerca de onde é que a partir dos próximos 10 anos os portugueses da Área Metropolitana de Lisboa e Arredores vão poder sentir os seus pés a descolaram-se do chão e teleportarem-se para qualquer destino rico de sol e de praia e mar azul transparente.


Ganhou Alcochete, mais concretamente, o Campo de Tiro de Alcochete e digo-vos uma coisa caros leitores, eu sou mais um ponto positivo de apoio à construção desse cais aéreo num espaço onde a Força Aérea Portugal anda a brincar aos tiros.


Razões pertinentes não faltam. É necessária uma plataforma aérea que sirva os interesses da capital e da região sul do país e que integre um plano urbanístico que não interfira com as cabeças vigorosas dos ambientalistas. Sem dúvida também que o aeroporto da Portela é um gigante cancro para uma cidade a romper pelas costuras, os aviões rasam os telhados das casas e dos prédios da cidade branca que se deita sob o Tejo, e eu próprio já pude provar das amargas agitações turbulentas de uma aterragem na capital portuguesa. É absolutamente ridículo um aeroporto de uma capital da Europa simplesmente não ter condições suficientes para o nível de tráfego aéreo que todos os anos é registado de e para a capital, isto se formos analisar também a potencialidade da posição geográfica de Lisboa, que poderia servir como plataforma entre vários continentes, funcionando como grande aeroporto de escalas transatlânticas e provenientes do continente africano, isto já para não falar na possível concorrência com o aeroporto de Barajas, actual grande intermédio de ligações entre a Europa e os seus arredores.


Prevê-se que o novo aeroporto irá suportar em média por ano 22 milhões de passageiros.

Caro Mário Lino, já vai ter o seu deserto animado.


domingo, 22 de março de 2009

Trabalhar lá fora I

É com grande satisfação que comunico ao governo e a todos os cidadãos, que para o ano irei trabalhar durante um semestre para a Hungria. As circunstâncias assim o exigiram e agora a ansiedade é mais que muita. Por várias razões.


A primeira porque Hungria fica no estrangeiro! E eu como ministro dos negócios estrangeiros não teria melhor sítio para trabalhar que o próprio estrangeiro. A segunda razão será certamente o ampliar do meu conhecimento sobre este país que não sendo para já uma grande potência europeia, tem evoluido de uma forma muito gradual e interessante de se verificar. Se a Alemanha já não é assim "tão cara para se viver", a Hungria também já não é aquele país em que "se vive barato".


A cidade que mais tenho curiosidade em visitar e visitar e visitar até porque fica perto da cidade para onde vou mesmo trabalhar é Budapeste. É a maior cidade da Hungria e a sexta maior da Europa. Tem 1,7 milhões de habitantes (2,4 milhões na região metropolitana). Uma das fontes de maior rendimento desta cidade é o turismo; as suas nove pontes sobre o rio Danúbio, o seu Castelo, o Parlamento e o Teatro Nacional são os pontos de maior interesse turístico.


Vai ser certamente um experiência a registar e a aproveitar, não é todos os dias que surge uma oportunidade de trabalhar no tão famoso estrangeiro.